Valorizar demais os anjos é atitude de um verdadeiro cristão?

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Valorizar demais os anjos é atitude de um verdadeiro cristão?

Na época da Igreja primitiva, já existiam cristãos que valorizavam mais as experiências e os dons do que a Palavra de Deus e que eram dirigidos por imaginações e misticismo. Alguns deles até cultuavam anjos, pois os falsos mestres ensinavam que era preciso reverenciar e adorar os seres angelicais como mediadores entre Deus e a humanidade, para ter comunhão com Deus. Isso é um grave erro!
Quem invoca ou cultua anjos está rejeitando a autoridade e o senhorio de Jesus Cristo, que derramou o Seu sangue na cruz do Calvário para nos purificar de nossos pecados e é o único Mediador entre Deus e o homem (1 Timóteo 2.5). Além disso, quem cultua anjos, seguindo doutrinas de falsos mestres, demonstra, por meio de suas atitudes, que valoriza mais os ensinamentos humanos do que a Palavra de Deus.
Em Apocalipse 19.10, o próprio anjo repreendeu o apóstolo João quando este se inclinou para adorá-lo, pensando que fosse o ser divino: Olha, não faças tal; sou teu conservo e de teus irmãos que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.
Embora alguns anjos sejam hierarquicamente superiores a outros, como o arcanjo Miguel (Daniel 10.13; 12.7), e assistam diante do trono de Deus, como Gabriel (Lucas 1.19), isso não os torna objetos de adoração. Eles são conservos nossos, ou seja, aqueles que, assim como nós, servem a Deus.
O problema é que muitas pessoas ficam impressionadas com a existência desses seres celestiais; ficam maravilhadas com o poder e as atividades angelicais. Contudo, não se pode igualar as características e habilidades deles com as de Deus. Os anjos são criaturas; Deus é o Criador, o ser “incriado”. Logo, os anjos dependem dele para continuar a existir e para desempenhar suas funções.
Segundo a Bíblia Sagrada, quem são os anjos? São espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação (Hebreus 1.14). Como seres espirituais, que têm um corpo imaterial, na maior parte do tempo, os anjos são invisíveis aos olhos humanos, mas atuam em nosso mundo físico de acordo com a vontade de Deus, fazendo com que ela se cumpra.
O que os anjos costumam fazer? Eles transmitem mensagens e revelações do Senhor aos Seus servos, para animá-los, confortá-los, dar livramentos, reuni-los com o povo de Deus (Daniel 10; Zacarias 1.19,20); protegem os que temem ao Senhor das investidas do maligno (Salmos 34.7; 91.11,12; Daniel 6.22); batalham a favor de cristãos, povos e nações em conflitos que se travam no mundo espiritual (Isaías 37.36; Daniel 10.13; 12.1) e cumprem decretos e juízos do Altíssimo (Gênesis 19; Atos 12.23; Apocalipse 16).
Os cristãos não podem jamais cultuar anjos ou qualquer outra pessoa ou ser, pois, como lembrou Jesus, citando Deuteronômio 5.9: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto (Mateus 4.10).
Sendo assim, para ratificar o ensino bíblico acerca dos anjos e evitar misticismo ou culto a tais seres, finalizo com a exortação de Paulo à Igreja: Ninguém vos domine a seu bel-prazer, com pretexto de humildade e culto dos anjos, metendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão (Colossenses 2.18).
SUGESTÃO DE LEITURA:
Gálatas 1.8
PR. SILAS RESPONDE
PR. SILAS MALAFAIA Pr. Silas Malafaia é psicólogo clínico e conferencista internacional.

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