“Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente com este propĂłsito vim para esta hora. Pai, glorifica o teu nome. EntĂŁo, veio uma voz do cĂ©u: Eu já o glorifiquei e ainda o glorificarei.” Jo 12.27-28
Confesso nĂŁo ter o costume de escrever devocionais. Normalmente, meu coração arde mais ao analisar um texto bĂblico e tentar expĂ´-lo, seja em formato de artigo ou sermĂŁo. Entretanto, observando meus Ăşltimos escritos, aqueles que sĂŁo aplicados de forma mais incisiva em nosso dia a dia, me descobri focado em um tema muito relevante, a “esperança”.
Como já disse algumas vezes, essa esperança mira no que há de vir, lá no “cĂ©u em glĂłria”. PorĂ©m, e o “agora”?
Na passagem acima, notamos algo bem claro nas palavras do Mestre: Ele estava angustiado. Estava a sofrer. Sentia, no Ăntimo de seu ser, o oposto de esperança.
Porém, quem não estaria com este mesmo sentimento quando prestes a carregar o fardo do pecado e sentir o gosto amargo da ira de Deus?
“Pai, glorifica o teu nome”.
A lição que o Senhor nos deixa nestes versĂculos Ă© que Deus, nosso Pai, deve ser glorificado em todos os momentos de nossa vida. Tudo tem um propĂłsito. Textos como Ec 3.1 e Rm 8.28 foram inspirados pelo EspĂrito e escritos para nos lembrar de tais momentos e adversidades, como vemos:
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propĂłsito debaixo do cĂ©u.” Ec 3.1 “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que sĂŁo chamados segundo o seu propĂłsito.” Rm 8.28
Ainda, independente do que vocĂŞ sinta, das dores que lhe afligem a alma, dos males que lhe devoram os sonhos ou dos pesadelos que lhe espantam o sono, tenha certeza de que nada, absolutamente nada, foge das mĂŁo do Senhor. Saiba, acima de tudo, que seu sofrimento tem um propĂłsito final – o de glorificar ao nosso Pai!
Aprendemos com o sofrimento. Aprendemos com os erros. Adquirimos experiĂŞncias com as derrotas. Vemos isso, por exemplo, na carta de Paulo aos irmĂŁos de Roma. “Tendo sido, pois, justificados pela fĂ©, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; Pelo qual tambĂ©m temos entrada pela fĂ© a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glĂłria de Deus. E nĂŁo somente isto, mas tambĂ©m nos gloriamos nas tribulações; sabendo que atribulação produz a paciĂŞncia, a paciĂŞncia a experiĂŞncia, e a experiĂŞncia a esperança. E a esperança nĂŁo traz confusĂŁo, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo EspĂrito Santo que nos foi dado.” Rm 5.1-5
Cristo nos ensina a aceitar o sofrimento. Não de maneira que nos faça crer que não há algo mais que a aflição, mas de um modo onde nossa vontade se submeta à do Pai.
Nosso Pai deve ser glorificado. Feito isto, dando primazia de tudo a Deus, glorificando-O no dia da angĂşstia, tenho por certo que ouviremos dEle a frase que a Cristo foi dita, “eu já o glorifiquei e ainda o glorificarei”.
Ah, que sonho! Que prazer! Ver que até mesmo através de nossos sofrimentos o nome do Senhor é glorificado. Que este seja o verdadeiro foco de nossas vidas, crescer no Pai rendendo-lhe, sem reservas, toda honra, glória, poder e louvor, glorificando seu santo nome.
Por Litrazini
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