O ROMPER DA ALVORADA

De manhã te apresento a minha oração e aguardo com esperança. (Sl 5.3.)
Se há uma hora mais solene que as outras, só pode ser o romper da alvorada.
Por causa do silêncio: não há som de espécie alguma, não há barulho, não há gritaria, não há cantoria.
Por causa da tranquilidade: não há movimento de espécie alguma, não há gente, não há trânsito, não há correria.
Por causa da beleza: o sol, que se pĂ´s doze horas antes no poente, volta a aparecer no lado oposto, trazendo luz e calor.
É nesse período de tempo que o salmista ora algumas vezes:
“De manhĂŁ te apresento a minha oração e aguardo com esperanças” (Sl 5.3).
“De manhĂŁ louvarei a tua fidelidade, pois tu Ă©s o meu alto refĂşgio, abrigo seguro nos tempos difĂ­ceis” (Sl 59.16).

“Faze-me ouvir do teu amor leal pela manhĂŁ, pois em ti confio” (Sl 143.8).
É muito bom orar no romper da alvorada. Nessa hora abastece-se melhor a alma e o resultado pode ser o conforto emocional do dia inteiro: “Satisfazenos pela manhĂŁ com o teu amor leal, e todos os nossos dias cantaremos felizes” (Sl 90.14).
Certa madrugada, Jesus desapareceu. Ele nĂŁo estava na cama, nĂŁo estava no quarto, nĂŁo estava em casa.
Simão Pedro e os outros foram à sua procura. Acharam-no num lugar deserto em oração.
EntĂŁo souberam que Jesus, quando ainda estava escuro, se levantara da cama, saĂ­ra de casa e fora para aquele lugar, onde orava tranquilamente (Mc 1.35).
Foi num horário como esse, bem cedo, ao nascer do sol, que Jesus, três dias depois de sua morte, se apresentou maravilhosamente vivo (Mc 16.2).
Esse acontecimento-chave da história da redenção valoriza ainda mais a hora mais solene do dia: o romper da alvorada!

Retirado de Refeições Diárias com o Sabor dos Salmos. Editora Ultimato.
Por Litrazini

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