
Vivemos tempos em que os papéis dentro do casamento têm sido cada vez mais questionados e, muitas vezes, distorcidos. Enquanto de um lado vemos mulheres assumidamente feministas, que levantam a bandeira do empoderamento e da independência a qualquer custo, do outro lado existe um perfil ainda mais sutil: a mulher que, com jeitinho, manipula, controla e, aos poucos, vai assumindo o comando da relação… sem nunca admitir que está mandando.
Quantos maridos hoje vivem a seguinte cena no dia a dia:
— “Amor, eu só tô dando uma sugestão, tá? Não tô te pressionando não…”
Mas, na prática, a decisão já foi tomada. Ele só vai cumprir o script.
Quando o Feminismo Vira Disputa Dentro de Casa
O feminismo, em sua versão mais radical, transformou muitos lares em verdadeiros campos de batalha emocional. Não existe mais parceria, existe competição. Não há mais unidade, há rivalidade.
A mulher que adota esse discurso muitas vezes repete frases como:
“Eu não preciso de homem pra nada!”
“Aqui em casa quem manda sou eu!”
“Homem nenhum vai dizer o que eu tenho que fazer!”
Esse tipo de comportamento vai minando o relacionamento aos poucos. O marido começa a se calar para evitar discussões. Ele deixa de tomar decisões. E o resultado? Um homem emocionalmente apagado, e uma mulher sobrecarregada, irritada e frustrada… mesmo tendo conseguido o controle que tanto queria.
A Bíblia já nos alerta:
“Melhor é morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa e iracunda.” (Provérbios 21:19).
A Manipulação Sutil: O Perigo do “Jeitinho”
Mas nem todas as mulheres controladoras são explícitas. Existe a versão “paz e amor”, “boazinha”, “equilibrada”, que age de forma mais refinada.
Ela faz o marido acreditar que a decisão está nas mãos dele. Mas, por trás de uma fala doce, existe uma manipulação emocional altamente calculada.
Frases como:
“Amor, você que sabe… só acho que se fosse comigo, eu faria assim…”
“Mas claro, a última palavra é sua, viu?”
“Se você fizer diferente, tudo bem… só não quero que depois dê errado e você fique triste…”
No fundo, a mulher está conduzindo o marido a escolher o que ela já decidiu.
A psicóloga Ana Paula Martins chama isso de “controle emocional indireto”, onde a mulher usa afeto, culpa e até um ar de fragilidade para induzir o marido à decisão que ela quer.
Segundo o site Psicologado, pessoas com perfil controlador têm características como:
Necessidade de estar no comando.
Dificuldade em lidar com frustrações.
Uso constante de chantagens emocionais.
Tendência a rebaixar a decisão do outro.
Insegurança disfarçada de autossuficiência.
O Que a Bíblia Diz Sobre o Papel da Mulher
É importante lembrar: submissão bíblica não tem nada a ver com opressão ou machismo. Deus não criou a mulher para ser inferior ao homem, mas para ser ajudadora idônea, como está em Gênesis 2:18:
“Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.”
O papel da esposa é o de uma parceira que caminha ao lado, que aconselha, que dá sua opinião, mas que reconhece o papel de liderança espiritual e emocional do marido no lar.
Em Efésios 5:22-24, Paulo é claro:
“Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja.”
A mulher sábia entende que sua influência deve ser positiva, construtiva e respeitosa. Manipular, controlar ou desrespeitar o marido vai contra o propósito divino para o casamento.
O Homem Precisa Reagir: Liderança Amorosa e Equilibrada
Homem, é com você também! Muitos maridos se calam para evitar confusão. Aceitam tudo, dizem “sim” para tudo, e acham que estão promovendo a paz no lar. Mas, na verdade, estão se omitindo da responsabilidade que Deus colocou sobre os seus ombros.
O psiquiatra Augusto Cury faz um alerta importante:
“A omissão masculina é uma das maiores causas da ansiedade feminina e da desestruturação familiar.”
Ser líder no lar não é ser autoritário. É saber ouvir, dialogar, mas também ter coragem de tomar decisões quando for preciso. A liderança masculina saudável traz segurança emocional para a mulher e para os filhos.
A Mulher Sábia Sabe Influenciar Sem Manipular
A mulher pode e deve opinar. Ela é conselheira, ela tem discernimento. Mas isso é muito diferente de manipular.
A mulher virtuosa de Provérbios 31 não era submissa no sentido passivo. Ela era ativa, diligente, inteligente, mas sempre agindo com sabedoria e equilíbrio.
“A mulher sábia edifica a sua casa, mas a tola a derruba com as próprias mãos.” (Provérbios 14:1)
Conclusão: O Segredo é o Equilíbrio
O casamento é uma missão a dois. Não é lugar de disputa de poder, nem de jogos emocionais. Quando homem e mulher entendem os papéis que Deus estabeleceu, o lar se torna um ambiente de paz, crescimento e realização mútua.
Se você é esposa, reflita: você tem influenciado com sabedoria ou tem manipulado com jeitinho?
Se você é marido, questione: você tem liderado com amor ou tem sido um omisso por medo de conflitos?
Que Deus nos ajude a construir lares firmados na verdade, no amor e no propósito divino.
Pastor Luciano Gomes
Colunista do Portal Veja Aqui Agora
Teólogo
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